Combate a infestação da praga lagarta mandarová-da-mandioca: IDAF e SEPA auxiliam os produtores
- Ascom
- 1 de mar. de 2021
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Combate a infestação da praga lagarta mandarová-da-mandioca: IDAF e SEPA auxiliam os produtores da promissão.
Na terça-feira (23/02/21) a página Oficial da Prefeitura de Capixaba acompanhou o caso da invasão de lagartas nas plantações de mandioca na região do assentamento Nova Promissão. Após este ocorrido, os técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) em conjunto com a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (SEPA) e ambas unidas com a Secretaria de Agricultura de Capixaba, estiveram no local, na manhã de quinta-feira (25/02/2021), para informar como é feito o combate a esta praga nas lavouras de mandioca.

O Mandarová-da-Mandioca ou popularmente chamado de “Mandrová” é um inseto do tipo mariposa, que tem suas origens no Brasil no fim do século XIX. Ela possui algumas características de identificação, como a presença da cor laranja nas suas asas e cinza com preto no abdômen. As fêmeas da espécie podem depositar, ao longo de 19 dias, até 1.850 ovos, dos quais 70% são postos na primeira semana de vida adulta. Levando em média de 2 a 6 dias de incubação.
As lagartas, nosso principal problema, consomem as folhas da mandioca para se nutrir e no seu último estágio consome ainda mais que o habitual, pode chegar até cerca de 10 a 12 cm, após atingir esse tamanho descem para o solo é formam seu casulo e ali se transformar na mariposa e repetir todo este mesmo processo.

E foi isso que nossos queridos produtores da Promissão enfrentaram nestas últimas semanas, lavouras de mandiocas sem folhagem alguma, uma quantidade absurda de lagartas e realmente, uma praga da Mandarová. Mas, os técnicos do IDAF e da SEPA deram uma força para esses nossos amigos, os produtores rurais.
A praga em si, só é considerada em sua fase larval, aonde como foi citado necessita se alimentar para adquirir nutrientes para passar longos dias encasulada. Existem algumas formas de combate para eliminar e evitar novos surtos da “Mandrová” e o IDAF nos contou mais a respeito:
Há um tipo de combate natural induzido que é na fase de ovos, aonde se utiliza vespas dentro da plantação que irá comer os ovos, porém, ainda não é utilizada em nossa região.
Através de um fungo chamado DIPEL, que misturado um pouca quantia em água nas bombas de veneno e é pulverizado na folhas, ao decorrer de 3 dias elas vão comer e o fungo as matará de dentro para fora e ainda gerando um fungo por cima delas que pode ser utilizado na produção de mais DIPEL de forma natural, também utilizado para outros tipos de pragas de lagartas.

Existe também uma outra forma de combate natural, através de um vírus (mas calma lá, esse só faz mal ao Mandarová) chamado BACULOVÍRUS e que também é utilizado e reaproveitado para a produção caseira, podendo ser armazenado dentro de recipientes fechados e congelados em freezer; para depois moer e pulverizar.
Ressaltando que estes dois métodos só funcionam no início da fase larval, após o crescimento da mesma não é eficaz, pois, seus sistemas digestivos estão mais bem estruturados. Mas que há um último método a ser usado, mas que requer o máximo de atenção e cuidado para com sua vida e de sua família e também a dos seus consumidores, seria ele um agrotóxico especifico.
A CIPERMITRINA é um poderoso agrotóxico que também pode ser usado no combate, mas o seu manejo deve ser feito com extremo cuidado e uso de equipamento de proteção são essenciais, assim que pulverizado na lavoura as larvas caem em questões de segundos já mortas; porém existem os cuidados com a plantação, como a carência do produto químico que leva em torno de 15 dias ou mais para colher a macaxeira (ou se usado em qualquer outro tipo de lavoura) e podendo causar uma extrema irritação na pele e problemas internos.
O ataque das lagartas nas folhas da mandioca, ocasionam as seguintes complicações:

Para renovar as folhas comidas (que na sua fotossíntese é desregular mas necessária) ela tem que retirar energias das suas raízes para gerar, como é fora do habitual, ela irá retirar das “batatas” da mandioca a enzima; que reflete no crescimento da raiz ou no seu peso e na quantidade de produção. Mas no caso de mudas pequenas de poucos meses, elas não desenvolveram a batata e não terão de onde sugar energia e assim chegando a matar a planta ou até mesmo todo o plantio.
Todas essas informações foram passadas para os produtores rurais do assentamento, que se sentiram satisfeitos com o apoio da Secretaria de Agricultura, do presidente da casa, dos colaboradores da SEPA Capixaba e também do IDAF que dispôs a trazer e amplo conhecimento. E que segundo os produtores, irão iniciar o procedimento natural para combater a esta praga e voltar a produzir com qualidade seus produtos.
